Os atrativos naturais do Rio Grande do Norte não estão concentrados apenas em seu litoral. O interior do estado também guarda belezas naturais e cenários que, apesar de pouco explorados, são excelentes para os amantes do ecoturismo e praticantes de esportes de aventura. Dentre estes locais, o município de Patu, distante 320 km de Natal e localizado na mesorregião do oeste potiguar, reserva diversas surpresas.
Do centro da cidade já se pode observar toda exuberância da Serra do Lima, que possui várias alternativas para a prática de atividades outdoors como trilhas, rappel e, em especial, o vôo livre de parapente e asa delta. Além do potencial ecoturístico, a Serra do Lima abriga o Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis (ou apenas Santuário do Lima), onde acontecem dois grandes eventos religiosos do município nos meses de janeiro e novembro, atraindo centenas de romeiros de todo o Brasil.
Considerada um dos melhores lugares do mundo para a prática do vôo livre, a Serra do Lima atrai aventureiros do mundo inteiro em busca de quebrar recordes de permanência no ar e de distância alcançada com um parapente. A rampa onde acontecem os saltos fica localizada no leste da serra e o acesso é feito por uma estrada de terra, próximo ao Santuário do Lima.
Na parte norte da serra, a paisagem é formada por belíssimas formações rochosas e poços que, quando cheios, formam refrescantes piscinas naturais. A visão privilegiada do alto da serra, a cerca de 700 metros de altitude, permite contemplar diversas cidades adjacentes, inclusive do estado da Paraíba. A trilha que leva até este ponto da serra é feita a partir do Santuário do Lima e permite um trekking moderado com algumas subidas fortes, perfazendo um total de 10 quilômetros de percurso (ida e volta).
Além dos atrativos da Serra do Lima, pode-se explorar a Serra do Cajueiro, que possui uma caverna, formada pelo intemperismo de uma imensa rocha, que foi utilizada como abrigo do cangaceiro Jesuino Brilhante, natural de Patu. A trilha que leva à caverna passa por um olho d’água (uma nascente) onde, segundo o pessoal local, foi palco de uma emboscada a uma família de cangaceiros. Indícios de marcas de balas em árvores e ainda uma ossada humana preservada no local são provas de que ali houve o confronto com os cangaceiros. Boa parte da trilha é cercada uma vegetação acentuada e no caminho é comum encontrar aglomerações de cascas de coco de guariroba (ou catolé, uma palmeira típica da mata atlântica) deixadas por macacos pregos. A trilha (de 1,5 km) que leva à caverna é bem leve e tem início do sítio Cajueiro.
Nas proximidades de Patu ainda é possível visitar um sítio arqueológico repleto de gravuras rupestres, ainda bem preservadas mesmo estando em pleno ar livre, sujeitas às intempéries. O sítio arqueológico fica a 1,3 quilometro da comunidade quilombola de Jatobá, esta, localizada a 10 quilômetros ao norte do centro de Patu.
Para conhecer os atrativos de Patu, basta procurar na cidade o secretário de turismo Fany Carlos ou o inusitado guia Zé Doido.
Serviços:
Onde ficar: Pousada do Santuário do Lima (84 3361 2278)
Contato: Prefeitura de Patu (84 3361-2211)
Como chegar: Saindo de Natal pela BR-304 até Assu e pegar a RN-233 seguida da RN 226, passando por Campo Grande, até chegar em Patu.
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