domingo, 30 de janeiro de 2011

Acari-RN

por André Mota

Conhecida como a cidade mais limpa do Brasil, Acari é uma cidade que guarda muitos encantos. Entre eles, o Açude Gargalheiras é a representação máxima da beleza da região do Seridó Potiguar. O cenário do açude é composto por uma majestosa cadeia de serras de granito que margeiam toda extensão do açude. A sangria da barragem, construído entre duas serras, é um dos mais belos espetáculos do Estado. Com a chegada das chuvas, fica sempre a expectativa do evento ocorrer.

O acesso à barragem é fácil, com estacionamento bem ao lado. Embora do local a vista já seja encantadora, as mais magníficas imagens do Gargalheiras ficam no alto das serras que ajudam a compor a barragem. Há trilhas que levam ao topo de ambas as serras. A subida na serra do Pai Preto, que dá vista para a barragem, pode ser bem árdua para alguns e deve ser feita com cuidado, pois há trechos bem íngremes e escorregadios. A subida da outra serra é mais tranqüila, porém mais longa, e dá vista à imensidão do açude. 

O balneário do açude do açude fica na chamada “Prainha”, onde há alguns quiosques que servem um bom peixe. É possível também fazer passeios de barco pelo açude a partir do povoado de Gargalheiras (uma vila erguida para pessoas que participaram da construção da barragem).

Bem próximo dali, outro lugar chama atenção pela sua exótica beleza. Trata-se do Poço do Arthur. No local, um lago rodeado de rochas que parecem ter vida e montanhas ao fundo formam uma belíssima paisagem. Ainda estão situado ali dois sítios arqueológicos, os quais possuem gravuras de itacoatiaras (pedra riscada, em tupi).


Para fazer as trilhas e conseguir barcos, basta procurar no povoado de Gargalheiras por Ivan, um guia local que conhece tudo na região.


Serviços:

Como chegar: Partindo de Natal, pegar a BR-226 até Currais Novos, seguida da BR-427 até Acari.
Onde ficar: (84) 3504-4151 (Pousada Gargalheiras)
Contato: (84) 9932-9412 (Ivan, guia local)

sábado, 22 de janeiro de 2011

Santana do Matos

por André Mota

Santana do Matos é o município com o maior número de sítio arqueológicos registrados no nosso estado. São mais de 80 sítios repletos de pinturas rupestres, feitas em sua maioria com ocre, uma argila de coloração avermelhada devido à presença de óxido de ferro. Outros resquícios da presença de povos pré-históricos na região são ossadas humanas e utensílios da pedra polida e lascada encontrados nestes sítios.

Os sítios arqueológicos estão espalhados por toda região de Santana do Matos. Alguns são de fácil acesso, podendo chegar de carro até o local. Outros, localizados em lugares de mais difícil acesso, requerem percorrer um longo caminho a pé. Um destes sítios fica localizado no alto da Serra do Basso, onde há uma loca repleta de pinturas rupestres. 

A trilha que leva ao topo da serra é um atrativo a parte. É uma prazerosa caminhada passando por rios, plantações, casas típicas da zona rural e ainda por lajedos repletos de rochas arredondadas e com outros formatos curiosos. No alto da serra, visual é de tirar o fôlego. Não é difícil encontrar no caminho lascas de sílex, um tipo de pedra cujos pedaços foram usados como ferramenta de corte pelos povos pré-históricos.



A região conta com um ponto de apoio aos interessados em conhecer os sítios arqueológicos. O local é a fazenda do Gilson, um morador local que se dedica à preservação dos sítios arqueológicos na região e também atua como guia. Sob os cuidados de Gilson, estão diversos artefatos encontrados na região. O acesso é pela RN-041 a partir da BR-304 e há placas indicando o caminho.

Serviços:
Como chegar: A partir de Natal, pegar a BR-304, seguida da RN-041. Entrar à esquerda após 14km e novamente à esquerda após 3km.
Onde ficar: Fazenda do Gilson (084 9935-8374)
Contato: 084 9935-8374 (Gilson)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Conquista da confluência 6°S 36°O

por André Mota

Dando início a um projeto de (re)conquistar todas as confluências do estado do Rio Grande Norte, 14 integrantes do grupo de aventureiros Aventureiros por Natureza – RN partiram de Natal às 7h30 com destino à Malhada do Rio, em busca da confluência 6ºS 36ºW. Inicialmente, seguimos uma dica de outro grupo que visitara essa mesma confluência e na RN-203 adentramos por uma estrada de terra a alguns quilômetros da confluência.

Acompanhamos essa estrada até ficarmos a 4,3 km da confluência, pois a estrada desviava do nosso destino a partir daquele ponto. Ainda uma distância considerável para seguir a pé em mata parcialmente fechada, fomos a pé até uma parte elevada onde pudemos ver um povoado na mesma direção da confluência. Com dicas de habitantes locais, soubemos que se tratava do povoado de Formigueiro e o acesso seria retornando pela estrada.

Depois desse tempo perdido, decidimos fazer o clássico (ao invés de tentar chegar ao povoado): seguir pela estrada (RN-203) até o ponto mais próximo da confluência. A cerca de 2,8 km da confluência (5º58’30.7’’S, 36º00’19.6’’W) entramos numa porteira onde seguimos por alguns metros e deixamos os carros para seguir a pé (2,64km da confluência) sob um sol vigoroso às 10h25. Pulamos uma cerca e caminhamos por um riacho seco alguns metros até o ponteiro do GPS apontar para a mata fechada. Não visualizando uma trilha nos arredores, adentramos uma vegetação seca repleta de galhos espinhosos e cactos, típica do agreste potiguar.

Após cruzarmos essa mata fechada, seguimos por trilhas cruzando cercas de arame farpado e riachos secos até que chegamos à confluência às 11h45. Confluência zerada, foi só comemorar. A confluência ficava em campo aberto. Fincamos a placa no local e registramos a conquista. Tentamos em vão encontrar as outras placas. Provavelmente, elas foram tiradas pelos moradores locais, uma vez que havia gado no local. Então, retornamos por uma trilha até o local onde havíamos deixados os carros, chegando às 13h20, perfazendo quase que um total de 3 horas de aventura a pé.


Como dica para quem quiser chegar a essa confluência de forma mais fácil e tranqüila, porém talvez não com tanta aventura, é só ir até o povoado de Formigueiro, pegando uma estrada de terra a partir da RN-203. Com certeza, chegará bem mais próximo da confluência. 

Após a conquista da confluência, fomos comemorar almoçando na cidade de Barcelona no restaurante da simpática Maria Brava. Forrados com muito arroz, feijão e cuscuz, aproveitando que estávamos por ali, reunimos força para subir a formosa Serra da Arara, onde pudemos deslumbrar um visual e um pôr-do-sol únicos.



A publicação da conquista desta confluência pode ser acessada no link:
http://www.confluence.org/confluence.php?visitid=14579
 

NOTA: A conquista de confluências faz parte de um projeto de um site cujo objetivo é visitar cada uma das confluências (interseções de coordenadas de latitude e longitude de grausinteiros) do mundo, registrando com fotos e informações sobre o local. "É uma amostra organizada do mundo", como citado no site que hospeda as histórias e as fotos das conquistas, o confluence.org.

Conquista da confluência 6°S 39°O

 por Black


Este grupo (André, Paulo, Black e Das Virgens), formado por integrantes da comunidade do orkut “Aventureiros por Natureza – RN”, seguiu seu objetivo de conquistar as três últimas confluências do estado do Ceará. Nos dois dias anteriores tivemos êxito nas conquistas das confluências7ºS 39ºW e 7°S 40°W.
 

Na manhã deste terceiro dia estávamos na cidade de Assaré (onde passamos a noite), região do Vale do Cariri, que compreende o sul do Ceará e parte oeste da Paraíba. Aproveitamos para ver o Memorial Patativa do Assaré. Patativa do Assaré, legítimo poeta dessa cidade, é uma ótima fonte para descrever melhor o povo e a geografia da região. Sua poesia sempre denunciou as injustiças sociais, levando a consciência e a perseverança do povo nordestino que sobrevive e dá sinais de bravura ao resistir às condições climáticas e políticas desfavoráveis, como citado no trecho de “Vaca Estrela e Boi Fubá”:

Aquela seca medonha fez tudo se atrapalhar,
Não nasceu capim no campo para o gado sustentar
O sertão esturricou, fez o açude secar
Morreu minha Vaca Estrela, já acabou meu Boi Fubá
Perdi tudo quanto tinha, nunca mais pude aboiar.
 

Voltando à estrada, seguimos em direção nordeste, rumo à confluência 6ºS39ºW. Passamos pela cidade de Orós, onde visitamos a Barragem do Açude Orós, maior responsável pelo abastecimento de água do Estado do Ceará. Após 14 anos, o Orós, cuja capacidade é de 2 bilhões m³ de água, teve uma nova sangria no ano de 2004. A chuva é sempre a esperança do povo da região, os mais prejudicados com a seca, que dependem diretamente das águas do açude, sejam eles produtores rurais ou moradores das localidades que também dependem do turismo.

Seguimos, finalmente, sem mais paradas, subindo para a cidade de Nova Floresta em busca da nossa confluência. Voltamos então a ter o auxilio do sensoriamento remoto nas imagens de satélite do laptop, como no primeiro dia. Passamos necessariamente por Nova Floresta, pois é a maior cidade próxima da confluência, sendo a rota de estrada mais viável a seguir. Chegando lá, tivemos que descer alguns quilômetros em direção sudoeste, passando por pequenos vilarejos como Tanque. Foi a pior parte de estrada de chão e com problemas de buracos, como também foi a região por onde passamos onde a vegetação estava bem seca e onde vimos plantas representativas do sertão nordestino, como o cactos e a macambira.

Após o GPS nos indicar o limite onde pararíamos o carro na estrada, o deixamos em frente a uma casa de pau-a-pique de uma humilde família da região e mais uma vez fomos bem recebidos. Apontamos o GPS na direção que iríamos e seguimos uma trilha que, para a nossa sorte, parecia ter sido feita para a confluência. Sem stress, sem mata para vencer com o corpo, apenas para apreciar em volta, a confluência estava exatamente na trilha aberta, a mais fácil de todas as três confluências.

Ao todo, ida e volta, rodamos mais de 2000 km nas estradas do estados do Rio Grande do Norte (RN), Paraíba (PB) e Ceará (CE). Nosso espírito aventureiro nos guiou até o CE, pois as confluências daqui do RN já tinham sido conquistadas. Aproveitamos os três dias, mantendo o objetivo principal, porém para deixar mais agradável a viagem, utilizamos muito bem o tempo para conhecer os pontos turísticos e culturais das principais cidades por onde passamos.

Foi uma ótima experiência e certamente não pararemos por aqui.


 A publicação da conquista desta confluência pode ser acessada no link: 

NOTA: A conquista de confluências faz parte de um projeto de um site cujo objetivo é visitar cada uma das confluências (interseções de coordenadas de latitude e longitude de grausinteiros) do mundo, registrando com fotos e informações sobre o local. "É uma amostra organizada do mundo", como citado no site que hospeda as histórias e as fotos das conquistas, o confluence.org.

Conquista da confluência 7°S 39°O

por Joaquim das Virgens



Esta expedição, planejada e executada pela comunidade do ORKUT Aventureiros por Natureza, ocorreu durante o ultimo final de semana de janeiro. Esta expedição iniciou quando o grupo saiu de Natal, logo pela manhã do dia 28, com destino ao municipio de Aurora-CE. No caminho passamos pelo Vale dos Dinossauros em Souza - PB, onde são encontradas pegadas de répteis gigantes do Cretáceo.

Chegando em Aurora, retiramos o computador e o conectamos no GPS. No computador era possivel ver a imagem de satelite de média resolução (LANDSAT-7) e junto a ela o caminho seguido em estradas, fazendas, etc. Na imagem de satelite podia ver que a confluencia se situava em um campo de plantação ao lado da estrada e que apenas um matagal a separava da estrada, a 150m de distancia. De Aurora seguimos por uma estrada de barro até que uma grande represa nos fez ter certeza que estavamos no caminho certo, pois a mesma aparecia na imagem. Continuando pela estrada, o GPS indicou que estavamos a 200m do ponto buscado. Eram umas 16:00 quando deixamos o carro e seguimos a pé pelo mato até um descampado sendo preparado para o plantio. pouco a frente estava a confluencia. Eram umas 17:40 quando a conquistamos, fizemos as fotos e retornamos para o carro, de onde seguimos de volta para Aurora onde pernoitamos para no outro dia seguirmos para a confluencia 07°S 40°W.

O uso de imagens de satelite georreferenciadas mostrou-se eficiente, pois as imagens de satelite são mais eficientes e atualizadas que as cartas topográficas. Introduz-se a imagem em um laptop através de um software de navegação e conectado ao GPS, busca-se seguir pelos caminhos mostrados na imagem, cuja resolução chega aos 15m quando obtidas do satelite LANDSAT-7, 30m do LANDSAT-5, 1m do Ikonos e 60cm do QuikBird. Certamente é necessário saber interpretar a imagem para que não se corra o risco de seguir um rio e não uma estrada.

A conquista de uma confluencia é uma coisa que depende somente de nossos esforços. Geralmente os nomes mostrados na carta topográfica são desatualizados ou equivocados, de forma que não tem como o conquistador chegar para alguem do sertão e perguntar "amigo, onde fica a confluencia mais proxima?" Se nem o nome do local onde ele vive ele sabe direito. Assim, quanto mais subsídios o conquistador dispuser mais eficiente será sua procura, a menos que ele queira mesmo meter a cara no mato e tentar alcançar o ponto de qualquer maneira.


A publicação da conquista desta confluência pode ser acessada no link:
http://www.confluence.org/confluence.php?id=3983
   


 
NOTA: A conquista de confluências faz parte de um projeto de um site cujo objetivo é visitar cada uma das confluências (interseções de coordenadas de latitude e longitude de grausinteiros) do mundo, registrando com fotos e informações sobre o local. "É uma amostra organizada do mundo", como citado no site que hospeda as histórias e as fotos das conquistas, o confluence.org.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Conquista da confluência 7°S 40°O

por André Mota
Após dias de planejamento, partimos de Natal/RN às 6h45 da manhã do dia 28 de janeiro de 2005 em uma expedição formada por 4 pessoas com o objetivo de conquistar três confluências no estado do Ceará. O grupo desta expedição foi formado pelos integrantes da comunidade do orkut “Aventureiros por Natureza – RN”: André, Paulo, Black e Joaquim. A conquista de confluências faz parte de um projeto de um site cujo objetivo é visitar cada uma das confluências (interseções de coordenadas de latitude e longitude de grausinteiros) do mundo, registrando com fotos e informações sobre o local. "É uma amostra organizada do mundo", como citado no site que hospeda as histórias e as fotos das conquistas, o confluence.org. 

 No dia seguinte, 29 de janeiro, após a conquista da primeira confluência 7ºS 39ºW, partimos de Aurora/CE com destino à Potengi/CE. No caminho, passamos em Juazeiro do Norte/CE, onde visitamos o monumento de Padre Cícero, considerado um santo pelos nordestinos. Seguimos, então, para nossa próxima “parada” antes da confluência, Santana do Cariri/CE, município localizado na Chapada do Araripe e uma das mais importantes localidades fossilíferas da idade cretácea no mundo.
Em Santana do Cariri, aproveitamos para coletar alguns fósseis antes que virassem pisos de chão. É irônico saber que não é permitido coletar os fósseis para preservação, mas é liberado utilizá-los como piso. Após visitarmos o museu de paleontologia da cidade, onde ainda conseguiram salvar algumas preciosidades como fósseis de pterossauros, seguimos para Pontegi, município onde está localizada a confluência 7ºS 40ºW, ainda na Chapada do Araripe.
Após chegarmos à cidade de Potengi, pegamos uma estrada de chão em péssimas condições e cheio de bifurcações. Usando um pouco de bom senso aliado ao uso do GPS e muita sorte, conseguimos acertar o caminho até bem próximo da confluência, em um sítio. Conversando com o proprietário do sítio, Seu Dudu, conseguimos uma informação de que a estrada seguia até bem próximo do ponto que queríamos, às margens de um rio.

A região onde se encontra a confluência possui uma mata verde exuberante, com árvores de grande porte, bem diferente das paisagens semi-áridas, comuns no interior da região nordeste. Meio receosos pelo horário em que chegamos próximo ao rio, onde deixamos o carro, começamos a seguir uma trilha por volta das 17h00. Chegando no leito do rio, percebemos que havíamos esquecido a placa da confluência. Nisso, Paulo e Black voltaram ao carro para pegá-la, enquanto eu (André) e Joaquim esperamos por eles, aproveitando também para ver por onde seguiríamos. Com o grupo reagrupado, seguimos alguns metros pela margem do rio até que o GPS indicou a confluência mata fechada adentro. Começamos então a abrir caminho pela mata com nossos próprios braços e pernas. 

Para dificultar ainda mais, estávamos subindo um morro e já estava escurecendo, o que nos fez apertar bastante o passo. Alguns já apresentavam sinais de fraqueza quando finalmente Joaquim, um pouco mais à frente com o GPS, gritou que estávamos finalmente a menos de 100m da confluência. À cerca de 76 metros da confluência, decidimos então fixar nossa placa de conquista, uma vez que a pouca luminosidade e a dificuldade em seguir não nos deixaria chegar ao ponto exato (zero) em tempo. Mesmo assim, muito cansados, vibramos muito, pois estávamos dentro do limite de tolerância do projeto. Não perdendo tempo, registramos todos os detalhes e seguimos o caminho de volta. Acabamos encontrando uma trilha e decidimos então seguir a volta por ela. Já era noite e o som da mata produzido pelos animais assustava - parecia uma feira-livre de bichos. Por sorte, a trilha nos levou até o rio. Pena não termos seguido essa trilha na ida, mas valeu pela aventura a mais. Felizes pela difícil conquista, partimos à procura de um local para dormir já pensando na conquista da próxima confluência, a 6ºS 39ºW.


A publicação da conquista desta confluência pode ser acessada no link: http://www.confluence.org/confluence.php?id=3982

Portalegre-RN

por André Mota

Região serrana com cachoeiras com mais de 100 metros de queda, mirantes com visual de tirar o fôlego, inscrições rupestres enigmáticas em baixo relevo, clima agradável e uma boa estrutura para receber o turista. Não parece que estamos falando de um lugar que está localizado no Rio Grande do Norte. A 372 km de Natal, fica localizada a pequena cidade de Portalegre, que está aos poucos deixando o anonimato e se tornando uma das grandes promessas do ecoturismo do estado. Prova disso é o investimento que o município vem dando ao turismo e a construção de grandes hotéis na região. A cidade já está bem estruturada e preparada para receber tantos os visitantes que querem aventura como os que buscam um turismo mais light e um bom descanso.

Entre as atrações para todo público, o terminal turístico Fonte da Bica é um formoso local totalmente estruturado, formado por várias nascentes de água cristalina e cercado por uma vegetação ainda nativa. Além da beleza natural, o local é cercado de histórias e lendas sobre a índia Cantofa e sua neta Candy, que ao presenciar o assassinato de sua avô, se refugiou na mata e até hoje, dizem os locais, assombra o local.

Logo no começo da subida da serra para Portalegre, pode-se fazer uma trilha curta toda sinalizada e estilizada com pontes de madeira que leva à Cachoeira do Pinga, uma belíssima queda de 96 metros de altura. 

Ainda de fácil acesso, há o mirante Boa Vista, estruturado com bar e restaurante, onde se pode admirar o visual da serra tanto de dia como à noite. Próximo dali pode-se visitar um marco esculpido em alto relevo conhecido como a Pedra do “R”, em referência ao Rei de Portugal, que no século XVII serviu para delimitar a antiga Vila de Portalegre. 
 
A Trilha das Duas Torres e da Pedra do Letreiro permite um trekking leve de 3 km que leva a um mirante natural formado por duas grandes rochas e a magníficas inscrições rupestres talhadas nas paredes de uma loca de pedra. O ponto de partida da trilha fica em uma casa de farinha localizada a 500 metros do centro da cidade.

 
Para quem está disposto a encarar um trekking mais pesado, pode contemplar o mais impressionante atrativo da região. Trata-se da cachoeira do Tallhado com uma virtuosa queda de mais de 100 metros de altura. Uma furna localizada na base da cachoeira completa este cenário magnífico. Durante toda trilha é possível admirar belas paisagens com rios e mirantes naturais, além de poder se banhar em piscinas naturias que se formam ao longo da queda da cachoeira. O início da trilha fica a 7 km do centro da cidade, tendo como apoio a casa de Seu Novinho, um senhor simpático que pode guiar os interessados até a cachoeira.

Serviços:
Como chegar: Partindo de Natal, pegar a BR-304 até Açu, seguir pela RN 233 até Caraúbas seguida da RN 117 até Umarizal e da RN 076, pegando, então, a RN 177 até Portalegre.
Onde ficar: (84) 3377-2002 Hotel Portal da Serra e (84) 3377-2344 Pousada Brisa da Serra
Maiores informações: (84) 9998-9770 Maria Aucely Costa (Secretaria Turismo de Portalegre/RN)

São Rafael - RN

por André Mota

Lazer, aventura e história. Tudo isso pode ser conferido em um único lugar: São Rafael. Belíssimas paisagens formadas por montanhas de granito branco, açude, pinturas rupestres, casarões antigos e até uma cidade submersa compõem o cenário desta região de grande potencial turístico.

Após a construção da barragem Armando Ribeiro, em 1983, a cidade de São Rafael foi inundada pelas águas do açude (os habitantes foram realocados para a "Nova São Rafael", construída em uma parte mais alta do município). Além de alguns escombros que podem ser encontrados em períodos de seca nas margens da chamada Prainha, local de lazer da cidade, a maior mostra que ali existiu uma cidade podia ser avistada de longe até o final de 2010. Tratava-se da torre da Igreja Matriz da antiga cidade, que permaneceu emersa nas águas do açude por 27 anos até que as paredes que a sustentava ruiu e a torre caiu em dezembro de 2010. A torre podia ser visitada de barco a partir da Prainha e era uma das maiores atrações da cidade.

A região da fazenda Lájea Formosa com certeza é um dos lugares mais impressionantes do Rio Grande do Norte. No local há tanques naturais que se formam no lajedo com a água das chuvas e pinturas rupestres nas paredes das rochas. Mas o destaque mesmo é subir e caminhar pela exuberante montanha de granito de Lájea Formosa. Para os menos preparados, a subida pode ser um pouco árdua, mas é recompensadora. No alto, é possível percorrer toda a extensão da montanha em meio a rochas de diversos tamanhos e formatos e a uma vegetação típica da caatinga com várias macambiras, coroas-de-frade e mandacarus. A paisagem em volta da montanha, vista do alto, é de tirar o fôlego. Pode-se admirar toda beleza da própria montanha com seus imensos paredões listrados, formados pelas águas que escorrem das chuvas, além da vastidão montanhosa da Serra Branca.

Na Serra Branca, o que predomina é o ar aconchegante da zona rural. Entre as construções antigas, destaca-se o casarão do Barão de Serra Branca (também conhecido pela Casa da Baronesa). A construção de 1881, antes abandonada, foi recentemente tombada como monumento histórico-cultural. O lugar conta com inusitadas antiguidades como um palanquim, usado como meio de transporte pela baronesa Belizária Wanderley de Carvalho e Silva, carregada pelos escravos. Serra Branca recebeu este nome devido à cadeia de montanhas de granito que acerca a região, que são propícias à prática do montanhismo.



Serviços:

Como chegar: A partir de Natal, pegar a BR-304 seguida da RN-118.
Onde ficar: Pousada e Restaurante São Rafael (84) 3336-2347
Contato: Prefeitura de São Rafael (84) 3336-2283

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Patu - RN

por André Mota

Os atrativos naturais do Rio Grande do Norte não estão concentrados apenas em seu litoral. O interior do estado também guarda belezas naturais e cenários que, apesar de pouco explorados, são excelentes para os amantes do ecoturismo e praticantes de esportes de aventura. Dentre estes locais, o município de Patu, distante 320 km de Natal e localizado na mesorregião do oeste potiguar, reserva diversas surpresas.

Do centro da cidade já se pode observar toda exuberância da Serra do Lima, que possui várias alternativas para a prática de atividades outdoors como trilhas, rappel e, em especial, o vôo livre de parapente e asa delta. Além do potencial ecoturístico, a Serra do Lima abriga o Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis (ou apenas Santuário do Lima), onde acontecem dois grandes eventos religiosos do município nos meses de janeiro e novembro, atraindo centenas de romeiros de todo o Brasil.

Considerada um dos melhores lugares do mundo para a prática do vôo livre, a Serra do Lima atrai aventureiros do mundo inteiro em busca de quebrar recordes de permanência no ar e de distância alcançada com um parapente. A rampa onde acontecem os saltos fica localizada no leste da serra e o acesso é feito por uma estrada de terra, próximo ao Santuário do Lima.

Na parte norte da serra, a paisagem é formada por belíssimas formações rochosas e poços que, quando cheios, formam refrescantes piscinas naturais. A visão privilegiada do alto da serra, a cerca de 700 metros de altitude, permite contemplar diversas cidades adjacentes, inclusive do estado da Paraíba. A trilha que leva até este ponto da serra é feita a partir do Santuário do Lima e permite um trekking moderado com algumas subidas fortes, perfazendo um total de 10 quilômetros de percurso (ida e volta).

Além dos atrativos da Serra do Lima, pode-se explorar a Serra do Cajueiro, que possui uma caverna, formada pelo intemperismo de uma imensa rocha, que foi utilizada como abrigo do cangaceiro Jesuino Brilhante, natural de Patu. A trilha que leva à caverna passa por um olho d’água (uma nascente) onde, segundo o pessoal local, foi palco de uma emboscada a uma família de cangaceiros. Indícios de marcas de balas em árvores e ainda uma ossada humana preservada no local são provas de que ali houve o confronto com os cangaceiros. Boa parte da trilha é cercada uma vegetação acentuada e no caminho é comum encontrar aglomerações de cascas de coco de guariroba (ou catolé, uma palmeira típica da mata atlântica) deixadas por macacos pregos. A trilha (de 1,5 km) que leva à caverna é bem leve e tem início do sítio Cajueiro.

Nas proximidades de Patu ainda é possível visitar um sítio arqueológico repleto de gravuras rupestres, ainda bem preservadas mesmo estando em pleno ar livre, sujeitas às intempéries. O sítio arqueológico fica a 1,3 quilometro da comunidade quilombola de Jatobá, esta, localizada a 10 quilômetros ao norte do centro de Patu.



Para conhecer os atrativos de Patu, basta procurar na cidade o secretário de turismo Fany Carlos ou o inusitado guia Zé Doido.


Serviços:

Onde ficar: Pousada do Santuário do Lima (84 3361 2278)
Contato: Prefeitura de Patu (84 3361-2211)
Como chegar: Saindo de Natal pela BR-304 até Assu e pegar a RN-233 seguida da RN 226, passando por Campo Grande, até chegar em Patu.

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